domingo, março 20, 2005

Mercado sem limites

O Senhor "mercado" nao tem limites para ampliar seu tamanho. Em pequsa realizada os EUA constatou-se que 14% das crianças americanas entre 10-11 anos já possuem um celular. Acontece que esta porcentagem é a mesma que existia em 2002 entre as crianças de 12 a 14 anos. Hoje, um a cada três jovems entre 12-14 anos têm seu próprio celular. Nas faixas etatárias de 15 a 17 esse numero sobe para 1/3.

Conclusão: a faixa etária do uso de telefones celulares está caindo. Cada vez mais, crianças, com idades cada vez menores, estão se tornando consumidoras de celular. É olhando para estes números que as empresas americanas de telefonia estão fazendo suas projeções de crescimento de mercado.

Qual o problema disso?

O problema é que as crianças são mais vulneráveis aos apelos da propaganda do que os adultos. Quem tem criança sabe do que estou falando. Crianças, tão novas assim, estão no início do seu entendimento do que é dinheiro e como usá-lo da melhor maneira. Além disso, a pesquisa citada neste artigo, constatou que essas crianças, usam o celular, não para falar, mas para passar o tempo com as outras funcionalidades do aparelho. Ou seja, era melhor ficar só com o videogame de mão.

No final das contas, as empresas de telefonia, em nome do crescimento da sua fatia no mercado, já estão desenvolvendo modelos mais simples, com apelos visuais e funcionalidades voltados para o uso infantil. A pergunta é: será que as crianças realmente estão precisando de consumir esse produto? A partir de que idade já é necessário o uso do celular?

Ao tentar crescer, às custas da fragilidade pscológica das crianças e apoiado na carga de pressão, já alta, que os pais levam em querer agradar seus filhos, comprando coisas, como substitutos do tempo que não conseguem comprar para estarem com seus filhos, o mercado de telefonia está no limite da ética, se já nao o ultrapassou.

até,
romulo

terça-feira, março 15, 2005

Marketing invisível = Marketing não-ético

Amigos,

Já tenho lido alguns artigos sobre marketing invisíveil, mkt subliminar, etc e cada vez que leio sobre isso reforço a opinião que isso é MKT de baixo nível. É fazer mkt da pior maneira possível, literalmente engando as pessoas, na sua forma mais vulnerável. No ano passado a CBS fez uma matéria sobre o assunto mostrando as questões éticas envolvidas.

Na matéria da Istoé Dinheiro acima, é dito que existe uma empresa no Brasil criada para fazer este tip de marketing chamada Espalhe. No site da empresa eles chamam de marketing de guerrilha.

Uma das ferramentas usadas nesse tipo de marketing são justamente os blogs. Pode ser um blog que voce esteja lendo e visitando, que você jura que é imparcial e pessoal, na verdade está sendo muito bem desenvolvido para sutilmente fazer você consumir uma marca, sem que você saiba o que está acontecendo.

Uma marca que usa este tipo de marketing para atingir seus consumidores corre sérios riscos de ter passado dos limites da ética. Os consumidores que se sentirem enganados com esta abordagem podem criar um repúdio pela marca e pelos valores que ela defende.

Fazer MKT assim é um desrespeito ao consumidor. E isso não tem nada a ver com marketing viral.

abraço,
romulo