terça-feira, julho 27, 2004

Privacidade no mundo wireless

Hoje eu resolvi escrever um post que n�o tem origem em uma not�cia. Tem origem na s�ntese de tudo que tenho lido e publicado neste blog. Queria comentar rapidamente sobre uma quest�o muito pouco abordada nas not�cias sobre avan�os da tecnologia wireless, a privacidade do consumidor.

Um dos maiores desafios daqui para frente, quando se falar de Marketing utilizando tecnologias sem fios, diz respeito � at� que ponto as empresas ir�o oferecer valor e comodidade, sem ferir a a privacidade do consumidor, mais do que j� acontece hoje em dia.

Qualquer pessoa hoje, dificilmente consegue sair de casa sem ser bombardeado por cententas de imagens, informa��es e apelos comerciais. Outro dia eu estava no parque da cidade fazendo uma inocente caminhada, quando diante dos meus olhos vejo dois carros zeros estacionados na beira da pista de corrida, com suas portas abertas e seus vendedores por perto conversando com alguns poss�veis clientes.  A cena parece banal, mas se voc� parar para pensar, naquele lugar e naquele momento, nenhuma daquelas pessoas saiu de casa para comprar um carro no parque da cidade. Ningu�m queria comprar nada. Queria apenas relaxar um pouco, descansar de uma semana agitada. Mas a mente e a aten��o daquelas pessoas, mais uma vez, at� com certa vulnerabilidade naquele momento, � atra�da e estimulada para o consumo.  Elas sairam de casa para fazer bem � sa�de e voltaram fazendo contas para saber se t�m condi��es de financiar um carro. Situa��es como essa se repetem a todo instante.

O que acontece com as possibilidades propiciadas pelas tecnologias wireless � que este n�vel de intrus�o das empresas na vida dos consumidores, quando estes n�o querem vestir este papel, pode chegar a graus ainda n�o imaginados.  O poder de individualizar a mensagem e o potencial de ubiquidade, ou seja, de estar em todo lugar,  podem ocupar os �ltimos espa�os da vida das pessoas ainda isentos de mensagens comerciais, e quando isso come�a acontecer o grau de rejei��o por determinada empresa ou produto pode jogar contra ela e n�o a favor dela.

Parece dif�cil imaginar o que eu disse no par�grafo anterior porque ainda n�o vivemos neste mundo wireless em sua plenitude. Mas um �nico exemplo � suficiente para nos d� a id�ia do que nos espera se nada for feito. Veja o que aconteceu com o uso do e-mail. No in�cio da internet comercial na d�cada de noventa, e-mail era exclusivamente para uso privado na comunica��o entre as pessoas.  Quando se falava no tr�fego de e-mails na internet tinha-se uma id�ia da quantidade de pessoas conectadas e se comunicando atrav�s da internet. Dez anos depois as estat�sticas dizem que  85% dos e-mails enviados pela Internet s�o comerciais e o pior, a sua esmagadora maiora � formada de mensagens n�o solicitadas ou indesejadas (SPAM).

O paralelo com o mundo sem fios n�o est� distante. Devices m�veis t�m o mesmo n�vel de individualidade que os e-mail. Mais do que isso, tem o poder de localizar as pessoas que os estejam usando em qualquer lugar geogr�fico em que ela se encontre, sem contar com a possibilidade de integra��o com v�rias outras redes  wireless interligadas � web.  J� � poss�vel, por exemplo, oferecer produtos e servi�os baseados n�o apenas no perfil do consumidor mas no espa�o f�sico em que ele se encontra. A capacidade de conex�o entre objetos, atrav�s de tecnologias RFID, por exemplo, permitem �s empreas acompanharem osconsumidores at� o seus guarda-roupas, ou suas cozinhas, sem que eles tenha no��o do que est� acontecendo (Leia os post anteriores onde menciono mais sobre isso).

Portanto, empresas que pretendem utilizar tecnologias wireless para oferecer produtos e servi�os aos seus clientes, devem avaliar muito bem se n�o est�o invadindo um espa�o n�o autorizado por este cliente. Precisam se certificar que o cliente n�o s� autorizou esta comunica��o, mas que ele est� ciente de quando e onde ele est� sendo monitorado. Precisa tamb�m saber sempre onde e como seus dados est�o sendo utilizados. A import�ncia da preserva��o da privacidade no relacionamento com os clientes ter� um peso muito maior no mundo wireless que come�amos a vislumbrar do que j� tem atualmente. 

sábado, julho 17, 2004

Novidades no blog

Amigos,
Embora este blog n�o tenha nascido para "conversar" com ningu�m, mas para me ajudar na aprendizagem sobre tecnologia wireless e suas aplica��es, sei que existem algumas almas perdidas que nos visitam vez ou outra. Para essea informo pequenas novidades.

1. mudei o layout do blog. ;) acho que ficou melhor.

2. Agora � poss�vel colocar fotos no blog. sempre que for o caso farei isso.

3. Agora tem um profile mais completo de quem faz esse blog e um novo e-mail. Entre no profile para saber qual.

4. Os ultimos posts ficaram mais f�ceis de serem encontrados na lista do lado direito do blog.

5. Em breve vou voltar a colocar a assinatura e outras coisitas mais.

� isso. abra�o.
 
P.S uma amigo me disse que o post estava meio parado. � verdade. Espero voltar a regularidade especialmente por que agora d� para postar via e-mail.

Mais sobre a converg�ncia fixo-movel

Essa outra not�cia nos d� mais informa��es sobre a FMAC - Fixed-Mobile Convergence Alliance, feita pelas 6 maiores empresas de telefonia do mundo.
A British Telecom est� trabalhando juntamente com fornecedores de infraestrutura e fabricantes de handsets para criar um padr�o mundial de telefonia fixa-m�vel.
Como j� foi dito antes aqui, a id�ia � que cada um tenha apenas um telefone, tanto para chamadas fixas, como para chamadas m�veis ( de celular).
Do ponto de vista t�cnico eles est�o batizando esse hadset ( telefone para o resto de n�s) de Bluephone. Eles querem utilizar a tecnologia bluetooth "class 1". Na pr�tica � um bluetooth de "longo alcance", ou seja, 20 metros dentro de casa e 60 metros ao ar livre. At� essa dist�ncia voc� teria liga��o fixa, al�m disso sua liga��o seria feita por uma conex�o de celular.

Ta bom. O discurso � que assim o consumidor teria uma "seamless experience" como se diz em ingl�s. � � bom. Mas a verdade � que isso � melhor ainda para empresas como a BrasilTelecom, que tem opera��es de telefonia fixa e m�vel. Um servi�o assim daria um diferencial de fato a BrT. Isso faria muita gente mudar para a BrT por v�rias raz�es. Imaginando que a BrT ir� prestar os servi�os b�sicos com boa qualidade, outra vantagens poderiam atrair os consumidores:

1. O consumidor s� tem mais de um fornecedor de um mesmo servi�o porque um deles n�o faz o que o outro faz. Se conseguirmos eliminar a quantidade de empresas com as quais nos relacionamos, n�s preferimos isso.

2. Custo. Enquanto existir uma diferen�a muito grande entre o custo entre liga��es feitas com telefone fixo e telefone m�vel interessa ao consumidor usar o telefone fixo sempre que poss�vel.

3. Integra��o de servi�os. Novos servi�os v�o surgir, � medida em que as duras redes forem uma s�.

Mas tudo isso se tivermos a mesma companhia oferecendo telefonia fixa-m�vel.

at� a pr�xima sen�o esse post vira artigo.

sexta-feira, julho 16, 2004

e-wallet tamb�m no celular

Esse celularzinho que voc� est� vendo a� embaixo � o mais novo servi�o da Ntt Docomo. A id�ia � que o cart�o de cr�dito e de d�bito sejam realmente coisa do passado.
Para isso eles est�o incluindo neste modelo o conceito de smart card. Dentro deste handset tem um chip feito pela Sony chamado de "Felica" que d� maior seguran�a para o uso do m-commerce. Falando bem leigamente, � o mesmo que dizer que agora o celular � o seu cart�o de cr�dito.
O servi�o ser� usado para compra de t�quetes de trens, compras com fun��o de d�bito e cr�dito.
Se voc� quiser pode ver um v�deo em ingl�s de como funciona esse servi�o.
 

P506IC e-wallet Phone
 

Alian�a Global para telefones fixos-moveis

Seis grandes companhias ao redor do mundo juntaram for�as para promover uma servi�o combinado entre telefonia fixa e m�vel. Sabe quem est� no meio dessas big six? A Brasil Telecom. Tamb�m est� no grupo a Korea Telecom.

qual o objetivo? Bom deixa eu colocar as palavras deles:

The group's vision is for people to use one phone with one number, address book and voicemail bank, taking advantage of cheap, high-speed connectivity in their fixed-line home or office setting, while enjoying mobility outside in the wide-area cell phone network, said Steve Andrews, chief of BT's mobility and convergence unit, in an interview last month.

O que voc�s acham?

Eu digo que ningu�m faz alian�as se conseguisse resolver seus problemas sozinho, concordam? Al�m disso est� cada vez mais complicado saber para onde o vento vai sobrar amanha no mundo dos neg�cios. Complexidade � a palavra desse s�culo. O ambiente est� complexo. � melhor n�o colocar todos os ovos numa cesta s�.

N�s j� temos conversado aqui diversas vezes sobre a problem�tica sobreviv�ncia da empresas de telefonia fixa daqui por diante. Elas est�o sangrando e precisam estancar esta hemorragia antes que seja tarde demais para uma transfus�o.

� nesse sentido que vejo essa alian�a. Ela interessa mais as operadoras de telefonia fixa do que as de telefonia m�vel. S� para voc�s terem uma id�ia, nessa alian�a s�o 122 milh�es de telefone fixos contra 23 milh�es de telefones m�veis. d� para saber quem � que est� louco para que essa alian�a d� certo n�?

quarta-feira, julho 14, 2004

Nova tecnologia e privacidade

come�am as descuss�es sobre a privacidade no uso dos chips de RFID.
Ainda tem muito que ser dito e aperfei�oado daqui pra frente.
Na verdade esse ser�, cada vez mais, o grande tema do marketing usando tecnologias wireless: como manter a privacidade e o sigilo dos consumidores.