sábado, janeiro 29, 2005

convergencia, sim, mas n�o � s� isso.


"Fus�o de computador de m�o, agenda pessoal e telefone celular - com poder in�dito de receber e processar e-mails - ele � um instrumento de trabalho de caracter�sticas in�ditas.

Nesta semana tive o prazer de participar de uma banca examinadora de um amigo que estava se formando em comunica��o. Sua monografia era sobre o planejamento publicit�rio em um cen�rio de converg�ncia de m�dia.

Ao terminar de ler aquela monografia percebi que este cen�rio de converg�ncia est� se tornando, na verdade, um verdadeiro paradoxo para o marketing e a comunica��o. Um deleles � que, se por um lado o consumidor tem muito mais informa��o dispon�vel para decidir sobre o que consumir e se o poder est� sendo transferido do vendedor para o comprador, por outro lado, como escreveu meu amigo em sua monografia, n�s vivemos em um mundo hipermediado, ou seja, saturado de m�dia, ao ponto de, como j� disse aqui, n�o aguentarmos mais tanta propaganda por todos os lados.

A pergunta �: como sair disso? Foi isso que eu perguntei a ele durante a apresenta��o.

Uma das respostas que ele me deu foi que a marca tem uma importancia fundamental. � tao dif�cil decidir, s�o tantas op��es, � tanta informa��o, que o consumidor precisa simplificar e estabelecer uma rela��o de confian�a com uma marca. Ele vai admitir at� alguns erros se os valores que a marca persegue s�o os que ele identifica. Um bom exemplo disso � a Apple.

Estou dizendo isso para falar da Tim. A tim est�, de forma insistente, o tempo todo associando a sua marca � inova��o e ao pioneirismo. Ela foi a primeira a falar de MMS e agora est� trazendo o blackberry. O produto � exelente, tem todas aquelas funcionalidades que voces podem ver com mais detalhes na mat�ria da revista. � s� clicar no link do t�tulo deste post, como voc�s j� sabem. Mas o que vai fazer esse produto "pegar" n�o � ele sozinho. � o fato de que ele est� sendo trazido para o Brasil pela Tim.

Eu gostaria muito de poder comparar os n�meros de venda do Blackberry com as vendas do Palm Tungsten da Claro. Olhando para as caracter�sticas os dois produtos fazem o mesmo. O palm da Claro tem at� mais fun��es. Mas eu tenho certeza do sucesso alcan�ado.

Claro que algu�m lendo isso que estou dizendo vai comentar que estou simplificando demais a hist�ria. Sucesso de um novo produto est� relacionado a capacidade de distrui��o, mercado onde ser� disseminado a inova��o, etc. Mas com tudo isso estou dizendo que n�s n�o aguentamos mais decidir a todo momento qual a melhor tecnologia que est� no mercado. Isso cansa. O que o mercado vai ter que fazer? Confiar! como ele confia? ele precisa confiar na consist�ncia de uma marca, suportar alguns erros dessa marca, mas ficar com ela se ele transmite uma mensagem consistente com a qual ele quer se relacionar. Nesse caso acredito que a Tim est� conseguindo associar sua marca com inova��o e talvez isso fa�a toda a diferen�a.

at�.

terça-feira, janeiro 25, 2005

A febre celular


A febre celular
Com 65,6 milh�es de usu�rios de celulares
em 2004, Brasil tem a maior taxa de
crescimento em todo o planeta

Desses n�meros astron�micos eu gostaria de destacar um par�grafo desta mat�ria:

"Uma das caracter�sticas que fazem do Brasil um dos l�deres desse mercado � o consumo uniforme dos celulares por todas as classes sociais, com destaque para os mais pobres. Dos celulares em opera��o no Pa�s, 80% s�o do sistema pr�-pago. O IBGE estima que da renda mensal do brasileiro que ganha R$ 1.800, 0,6% est� comprometida com o telefone celular. Parece pouco, mas � o mesmo que se gasta com artigos de limpeza e roupas de crian�a, e o dobro do que os brasileiros gastam por m�s com a compra de �lcool combust�vel. Tudo indica que a possibilidade de mandar e receber chamadas a qualquer momento e em qualquer lugar tornou-se, mais que um luxo, uma necessidade. "

Isso � pior que o Tsunami!. As pessoas, especialmente os mais pobres, est�o deixando de comprar comida para comprar celular. Ser� que o luxo virou mesmo necessidade? Ou o desejo de status, inalcan�ado por outros meios, encontrou uma v�lvula de escape. O pobre continua pobre, mas agora ele tem celular. Ah bom! agora est� tudo melhor.

at�.