terça-feira, julho 27, 2004

Privacidade no mundo wireless

Hoje eu resolvi escrever um post que n�o tem origem em uma not�cia. Tem origem na s�ntese de tudo que tenho lido e publicado neste blog. Queria comentar rapidamente sobre uma quest�o muito pouco abordada nas not�cias sobre avan�os da tecnologia wireless, a privacidade do consumidor.

Um dos maiores desafios daqui para frente, quando se falar de Marketing utilizando tecnologias sem fios, diz respeito � at� que ponto as empresas ir�o oferecer valor e comodidade, sem ferir a a privacidade do consumidor, mais do que j� acontece hoje em dia.

Qualquer pessoa hoje, dificilmente consegue sair de casa sem ser bombardeado por cententas de imagens, informa��es e apelos comerciais. Outro dia eu estava no parque da cidade fazendo uma inocente caminhada, quando diante dos meus olhos vejo dois carros zeros estacionados na beira da pista de corrida, com suas portas abertas e seus vendedores por perto conversando com alguns poss�veis clientes.  A cena parece banal, mas se voc� parar para pensar, naquele lugar e naquele momento, nenhuma daquelas pessoas saiu de casa para comprar um carro no parque da cidade. Ningu�m queria comprar nada. Queria apenas relaxar um pouco, descansar de uma semana agitada. Mas a mente e a aten��o daquelas pessoas, mais uma vez, at� com certa vulnerabilidade naquele momento, � atra�da e estimulada para o consumo.  Elas sairam de casa para fazer bem � sa�de e voltaram fazendo contas para saber se t�m condi��es de financiar um carro. Situa��es como essa se repetem a todo instante.

O que acontece com as possibilidades propiciadas pelas tecnologias wireless � que este n�vel de intrus�o das empresas na vida dos consumidores, quando estes n�o querem vestir este papel, pode chegar a graus ainda n�o imaginados.  O poder de individualizar a mensagem e o potencial de ubiquidade, ou seja, de estar em todo lugar,  podem ocupar os �ltimos espa�os da vida das pessoas ainda isentos de mensagens comerciais, e quando isso come�a acontecer o grau de rejei��o por determinada empresa ou produto pode jogar contra ela e n�o a favor dela.

Parece dif�cil imaginar o que eu disse no par�grafo anterior porque ainda n�o vivemos neste mundo wireless em sua plenitude. Mas um �nico exemplo � suficiente para nos d� a id�ia do que nos espera se nada for feito. Veja o que aconteceu com o uso do e-mail. No in�cio da internet comercial na d�cada de noventa, e-mail era exclusivamente para uso privado na comunica��o entre as pessoas.  Quando se falava no tr�fego de e-mails na internet tinha-se uma id�ia da quantidade de pessoas conectadas e se comunicando atrav�s da internet. Dez anos depois as estat�sticas dizem que  85% dos e-mails enviados pela Internet s�o comerciais e o pior, a sua esmagadora maiora � formada de mensagens n�o solicitadas ou indesejadas (SPAM).

O paralelo com o mundo sem fios n�o est� distante. Devices m�veis t�m o mesmo n�vel de individualidade que os e-mail. Mais do que isso, tem o poder de localizar as pessoas que os estejam usando em qualquer lugar geogr�fico em que ela se encontre, sem contar com a possibilidade de integra��o com v�rias outras redes  wireless interligadas � web.  J� � poss�vel, por exemplo, oferecer produtos e servi�os baseados n�o apenas no perfil do consumidor mas no espa�o f�sico em que ele se encontra. A capacidade de conex�o entre objetos, atrav�s de tecnologias RFID, por exemplo, permitem �s empreas acompanharem osconsumidores at� o seus guarda-roupas, ou suas cozinhas, sem que eles tenha no��o do que est� acontecendo (Leia os post anteriores onde menciono mais sobre isso).

Portanto, empresas que pretendem utilizar tecnologias wireless para oferecer produtos e servi�os aos seus clientes, devem avaliar muito bem se n�o est�o invadindo um espa�o n�o autorizado por este cliente. Precisam se certificar que o cliente n�o s� autorizou esta comunica��o, mas que ele est� ciente de quando e onde ele est� sendo monitorado. Precisa tamb�m saber sempre onde e como seus dados est�o sendo utilizados. A import�ncia da preserva��o da privacidade no relacionamento com os clientes ter� um peso muito maior no mundo wireless que come�amos a vislumbrar do que j� tem atualmente. 

sábado, julho 17, 2004

Novidades no blog

Amigos,
Embora este blog n�o tenha nascido para "conversar" com ningu�m, mas para me ajudar na aprendizagem sobre tecnologia wireless e suas aplica��es, sei que existem algumas almas perdidas que nos visitam vez ou outra. Para essea informo pequenas novidades.

1. mudei o layout do blog. ;) acho que ficou melhor.

2. Agora � poss�vel colocar fotos no blog. sempre que for o caso farei isso.

3. Agora tem um profile mais completo de quem faz esse blog e um novo e-mail. Entre no profile para saber qual.

4. Os ultimos posts ficaram mais f�ceis de serem encontrados na lista do lado direito do blog.

5. Em breve vou voltar a colocar a assinatura e outras coisitas mais.

� isso. abra�o.
 
P.S uma amigo me disse que o post estava meio parado. � verdade. Espero voltar a regularidade especialmente por que agora d� para postar via e-mail.

Mais sobre a converg�ncia fixo-movel

Essa outra not�cia nos d� mais informa��es sobre a FMAC - Fixed-Mobile Convergence Alliance, feita pelas 6 maiores empresas de telefonia do mundo.
A British Telecom est� trabalhando juntamente com fornecedores de infraestrutura e fabricantes de handsets para criar um padr�o mundial de telefonia fixa-m�vel.
Como j� foi dito antes aqui, a id�ia � que cada um tenha apenas um telefone, tanto para chamadas fixas, como para chamadas m�veis ( de celular).
Do ponto de vista t�cnico eles est�o batizando esse hadset ( telefone para o resto de n�s) de Bluephone. Eles querem utilizar a tecnologia bluetooth "class 1". Na pr�tica � um bluetooth de "longo alcance", ou seja, 20 metros dentro de casa e 60 metros ao ar livre. At� essa dist�ncia voc� teria liga��o fixa, al�m disso sua liga��o seria feita por uma conex�o de celular.

Ta bom. O discurso � que assim o consumidor teria uma "seamless experience" como se diz em ingl�s. � � bom. Mas a verdade � que isso � melhor ainda para empresas como a BrasilTelecom, que tem opera��es de telefonia fixa e m�vel. Um servi�o assim daria um diferencial de fato a BrT. Isso faria muita gente mudar para a BrT por v�rias raz�es. Imaginando que a BrT ir� prestar os servi�os b�sicos com boa qualidade, outra vantagens poderiam atrair os consumidores:

1. O consumidor s� tem mais de um fornecedor de um mesmo servi�o porque um deles n�o faz o que o outro faz. Se conseguirmos eliminar a quantidade de empresas com as quais nos relacionamos, n�s preferimos isso.

2. Custo. Enquanto existir uma diferen�a muito grande entre o custo entre liga��es feitas com telefone fixo e telefone m�vel interessa ao consumidor usar o telefone fixo sempre que poss�vel.

3. Integra��o de servi�os. Novos servi�os v�o surgir, � medida em que as duras redes forem uma s�.

Mas tudo isso se tivermos a mesma companhia oferecendo telefonia fixa-m�vel.

at� a pr�xima sen�o esse post vira artigo.

sexta-feira, julho 16, 2004

e-wallet tamb�m no celular

Esse celularzinho que voc� est� vendo a� embaixo � o mais novo servi�o da Ntt Docomo. A id�ia � que o cart�o de cr�dito e de d�bito sejam realmente coisa do passado.
Para isso eles est�o incluindo neste modelo o conceito de smart card. Dentro deste handset tem um chip feito pela Sony chamado de "Felica" que d� maior seguran�a para o uso do m-commerce. Falando bem leigamente, � o mesmo que dizer que agora o celular � o seu cart�o de cr�dito.
O servi�o ser� usado para compra de t�quetes de trens, compras com fun��o de d�bito e cr�dito.
Se voc� quiser pode ver um v�deo em ingl�s de como funciona esse servi�o.
 

P506IC e-wallet Phone
 

Alian�a Global para telefones fixos-moveis

Seis grandes companhias ao redor do mundo juntaram for�as para promover uma servi�o combinado entre telefonia fixa e m�vel. Sabe quem est� no meio dessas big six? A Brasil Telecom. Tamb�m est� no grupo a Korea Telecom.

qual o objetivo? Bom deixa eu colocar as palavras deles:

The group's vision is for people to use one phone with one number, address book and voicemail bank, taking advantage of cheap, high-speed connectivity in their fixed-line home or office setting, while enjoying mobility outside in the wide-area cell phone network, said Steve Andrews, chief of BT's mobility and convergence unit, in an interview last month.

O que voc�s acham?

Eu digo que ningu�m faz alian�as se conseguisse resolver seus problemas sozinho, concordam? Al�m disso est� cada vez mais complicado saber para onde o vento vai sobrar amanha no mundo dos neg�cios. Complexidade � a palavra desse s�culo. O ambiente est� complexo. � melhor n�o colocar todos os ovos numa cesta s�.

N�s j� temos conversado aqui diversas vezes sobre a problem�tica sobreviv�ncia da empresas de telefonia fixa daqui por diante. Elas est�o sangrando e precisam estancar esta hemorragia antes que seja tarde demais para uma transfus�o.

� nesse sentido que vejo essa alian�a. Ela interessa mais as operadoras de telefonia fixa do que as de telefonia m�vel. S� para voc�s terem uma id�ia, nessa alian�a s�o 122 milh�es de telefone fixos contra 23 milh�es de telefones m�veis. d� para saber quem � que est� louco para que essa alian�a d� certo n�?

quarta-feira, julho 14, 2004

Nova tecnologia e privacidade

come�am as descuss�es sobre a privacidade no uso dos chips de RFID.
Ainda tem muito que ser dito e aperfei�oado daqui pra frente.
Na verdade esse ser�, cada vez mais, o grande tema do marketing usando tecnologias wireless: como manter a privacidade e o sigilo dos consumidores.

quarta-feira, maio 26, 2004

Converg�ncia de verdade

Eu j� tenho comentado aqui sobre converg�ncia de v�rias formas, mas a Britsh Telecom est� trazendo para o mercado europeu o que se pode chamar de converg�ncia de verdade entre telefonia fixa e m�vel.
Voce mant�m apenas um telefone. Se tiver em casa ele est� conectado a rede fixa. Se o aparelho sair das proximidades da rede ele automaticamente passa a acessar uma rede GSM. Ou seja, a operadoras oferece rede fixa e m�vel para o mesmo cliente, dando mais mobilidade e flexibilidade.
Quem devia dar uma olhada nisso era a Brasil Telecom, aqui no Brasil

sexta-feira, maio 21, 2004

Internet banda larga at� 2007...para os americanos

Wireless vital to broadband future

Leia com aten��o a chamada desta chamada.

"The Federal Communications Commission is stepping up efforts to establish wireless as a viable broadband option to cable and DSL in order to make high-speed Internet access available to all Americans by 2007. "

Isso significa o seguinte. O governo americano est� interferindo fortemente para que o acesso wireless banda larga aconte�a para todos os EUA. O artigo diz que a data de 2007 foi estabelecida pelo pr�prio Presidente Bush. Para isso, a Anatel de l� est� realocando o spectrum de televis�o para wireless e aumentando a banda para 5GHz. Atualmente 27 milh�es de americanos tem acesso a internet. Mas a aposta para aumentar esse n�mero est� em tecnologia wireless.

Isso d� uma amostra de como est� sendo a aposta no acesso wireless

Os bancos s�o sempre os primeiros

WiMAX em bancos. Imagina se a moda "pega"?

Este artigo que saiu na worldtelecom, � um sinal de que WiMax j� est� come�ando a se tornar mais conhecido no mercado. Mais uma vez os bancos s�o os primeiros a testar as novas tecnologias.

sábado, maio 08, 2004

wi-Fi on the road

Wi-Fi redefining the 'access' road

Um dos usos crescentes de Internet Wireless nos EUA acontece junto aos motoristas de campinh�es. Dois a cada tr� motoristas tem acesso a Internet em casa e quando est�o na estrada sentem falta. Come�a a surgir ent�o, hotspots criados especificamente para este segmento.

Agora o que eu gostaria de ressaltar dessa not�cia � que, diferente do que se pode talvez pensar, o acesso, em geral, n�o � feito com o caminh�o em movimento. � justamente quando eles param em algum posto para abastecer ou algum ponto de parada � que eles se conectam atrav�s de antenas instaladas na parte de cima dos caminh�es. Estes pontos de parada funcionam como hotspots, onde eles tamb�m pagam para navegar por uma hora e recebem uma senha naquele hotspot.

sexta-feira, maio 07, 2004

Desmistificando a sopa de letrinhas

UMTS... GPRS... 3G... SOS?

� sempre bom ler de novo o que cada uma dessas siglas significam. Dessa vez vou colocar o texto integral aqui dado a sua utilidade.

When the first telephone was developed, its aim was to aid communication. But these days, understanding phones can seem more like a barrier. DW-WORLD tries to explain a little about what's going on in telecommunications.


For many people, trying to understand Third Generation mobile phone technology is like a being cast adrift in a rolling sea full of acronyms and technical data. However, help is at hand for Technophobes everywhere as DW-WORLD attempts to throw a lifeline to those drowning in confusion by answering these frequently asked questions in our "Dummies Guide to 3G."

What is Third Generation (3G) Mobile Phone Technology?

First generation networks provided simple analogue voice telephony; second (current) generation added some data services like fax and e-mail to basic voice service, with higher rate data capabilities expected over the next few years. The Third Generation of mobile telecommunications should be capable of providing data rates of up to 2 megabits per second, in addition to conventional voice, fax and data services. This offers the prospect of high-resolution video and multimedia services on the move, such as mobile office services, virtual banking and on-line billing, home shopping, video conferencing, on-line entertainment and Internet access. Basically, it's faster and offers a lot more extras.

What is UMTS?

UMTS (Universal Mobile Telecommunications System) is an acronym to describe a 3G system which will be used in Europe and elsewhere. The International Telecommunications Union (ITU) is coordinating the international harmonization of standards for 3G, working towards the concept of a family of standards (IMT 2000) which can all work together, rather than a single standard. So eventually UMTS users in Europe will be able to use 3G technology all over the world under a different banner. This ability to use devices on different networks is called roaming and will be made possible by satellite and land based networks.

I hear about GSM and GPRS. What does it all mean?

GSM stands for Global System for Mobile Communications. GSM is the name of a land mobile pan-European digital cellular communications system. GPRS stands for General Packet Radio Service which is a so-called packet-switched GSM data service. This means it is a network in which information is transferred between subscribers. The phone basically changes from one GPRS network to another without any circuits being set up.

What are 1G, 2G, 2.5G, 3G and 4G?

1G networks are considered to be the first analog cellular systems, which started in the early 1980's and followed on from radio telephone systems.
2G networks are the first digital cellular systems launched in the early 1990's.
2.5G networks (e.g. GPRS) are the enhanced versions of 2G networks with data rates up to about 144kbit/s.
3G networks (UMTS and the others included in IMT 2000) are the latest cellular networks that have data rates 384kbit/s and more.
4G is mainly a marketing buzzword at the moment. Some basic 4G research is being done, but no frequencies have been allocated. The Forth Generation could be ready for implementation around 2012.
How is UMTS different from current second generation networks?

UMTS offers the following:

A higher speech quality than current networks. In addition to speech traffic, UMTS together with advanced data and information services offers a multimedia network.
UMTS is above 2G mobile systems for its potential to support 2Mbit/s data rates.
UMTS is a real global system, comprising both terrestrial and satellite components.
It provides a consistent service environment even when roaming via "Virtual Home Environment" (VHE). A person roaming from his network to other UMTS operators will experience a consistent set of services, thus "feeling" like his home network, independent of the location or access mode (satellite or terrestrial).
Are 2G systems such as GSM/GPRS networks compatible with UMTS networks?

UMTS networks can be operated with GSM/GPRS networks. Systems use different frequency bands, so mobiles, in theory, should not interfere with each other. UMTS specification is designed so that there is maximum compatibility between GSM and UMTS systems. The new Vodafone Mobile Connect 3G/GPRS laptop data card allows users to swap back to GPRS systems when a UMTS network is not available and is one of the first applications to provide this long talked about service.

3G chega na Alemanha

Third Generation Mobile Phones Arrive in Germany

Somente agora � que a terceira gera��o de celulares (3G), ou UMTS, est� chegando na Alemanha. A chegada est� atrasada em pelo menos 4 anos.

Quando se diz que agora est� chegando � que, de fato, o mercado j� est� vendendo celulares da nova gera��o e j� existem servi�os dispon�veis.

Este atraso na chegada do 3G na terra da Siemens, me faz pensar quantos anos depois � que isso vai chegar no Brasil. Mais uma vez n�s vemos que o problema nao � a tecnologia. Ela sempre est� a frente das outras realidades, sejam elas econ�micas, sociais e pol�ticas.

De qualquer modo pelo menos agora, temos alguma outra refer�ncia, al�m da �sia, para analisar o desenvolvimento dessa nova gera��o.

terça-feira, abril 13, 2004

Wi Max est� chegando

Banco Santos aposta fichas em Wi Max

Parece que WiMax est� come�ando a chegar por aqui e o banco santos (sempre os bancos) � o primeiro a come�ar a testar a nova tecnologia. Isso � s� o come�o do que vem por a�.

terça-feira, março 30, 2004

mercado brasileiro de solu��es wireless est� acordando

Solu��es corporativas m�veis ganham aceita��o

Parece que finalmente estamos come�ando a ver novidades e um novo mercado est� surgindo no Brasil. Esta not�cia tr�s boas novas.
Algumas empresas no Brasil j� est�o comercializando solu��es wireless para o mercado corporativo. S�o dados tr�s exemplos de como isso vem acontecendo: A Votorantim, usando a solu��o da Vivo, A Gol, usando Ipacs, bluetooth e wi-fi e a S�o Paulo Transportes (SPTrans) usando GPRS e GPS.
Todas as solu��es foram integradas e desenvolvidas por empresas brasileiras voltadas para este mercado.

� sempre bom saber do que est� sendo feito.

quinta-feira, março 11, 2004

Os elefantes começam a dançar

Deutsche Telekom considers VOIP services

Começa assim, com uma declaração de que "estamos considerando..." o que será inevitável. Mas já é um começo. Estou falando da declaração da operadora Alemã "Deutsche Telekom AG" de de telefonia fixa, sobre seus planos para serviços de Voz sobre IP.

A estratégia inicial é lançar um "Internet Telephony Service", leia-se Voz sobre IP, como valor agregado aos serviços de telefonia já prestado pela operadora. Já é um começo.

Enquanto isso as empresas vão aos poucos descobrindo que se aumentarem um pouco mais sua banda de Internet e comprarem alguns equipamentos disponíveis no mercado, já podem usar telefone sem pagar os altos cutos de DDD por exemplo.

Empresas brasileiras como a Andrade Gutierrez já descobriam isso e já estão tendo o retorno nos investimentos feitos. Essas informações foram reveladas numa matéria da edição 216 da revista infoexame

Qual será o futuro do futuro (WiMax)

Wi-Fi's big brother


Mal a nova tecnologia chamada de WiMax aparece já se discute qual será o seu futuro. Neste artigo da The Economist o autor faz algumas considerações sobre o que é verdade ou mentira sobre WiMax.

O fato é que Intel, Nokia e ATT estão por trás de muito investimento que está sendo feito atualmente. Se você notar verá que os três são: um fabricante de chips ( natural), um fabricante de celular (?) e uma operadora de telefonia fixa que acabou de vender sua área de celular (?). Por que isso?

Acontece que WiMax, hoje, ainda é uma tecnologia de telefonia fixa. Ainda não existem chips WiMax para serem usados em dispositivos móveis ou em laptops. A Intel quer lançar chip WiMax para laptops somente em 2006-2007, quando já existirão padrões definidos. Sean Maloney, da Intel diz que WiMax will put ?the next 5 billion users? on the internet .

Na inglaterra a BT Telecom está testando a nova tecnologia em áreas rurais. Outra possível aplicação é justamente poder fornecer a "ultima milha" em locais onde não chegam os cabos telefônicos.

As operadoras fixa estão interessadas porque sobre WiMax é possível trafegar não apenas dados (Internet) mas também VoIP (Voz sob IP). Seria possível termos telefones WiMax. O uso aqui seria o de unir dois pontos fixos com uma tecnologia wireless no meio. Permitiria cobrir uma área muito maior com um custo bem mais reduzido para as operadoras.

Bom, mas esse papo todo é de tecnologia, a verdade é que existem muitos outros interesses que vão guiar qual a tecnlogia wireless que será realmente massificadora do mundo digital.

sexta-feira, março 05, 2004

o limbo do wi-fi

Before Wi-Fi Can Go Mainstream

Voltando um pouco alguns posts atrás, eu falava sobre um special report da Businessweek sobre wi-fi. Num dos artigos comenta-se o que ainda será preciso superar nos EUA para que wi-fi se torne uma tecnologia massificada como é, por exemplo, o telefone celular. É interessante acompanhar estes desdobramentos para que possamos aprender com os erros e fazer as correções necessárias no mercado brasileiro.

Uma das dificuldades na implementação e uso da tecnologia reside no fato de que a abrangência de um hotspot é limitada. Wi-fi não é ubíquo como gostaríamos. Isso gera uma série de problemas quando pensamos na mobilidade do usuário. Cada vez que ele muda de hotspot se defronta com diferentes formas de autenticação, diferentes configurações de softwares, ajustes em firewall, etc. No final das contas acaba sendo tão complicado que o usuário pode desistir, como fez com tantas outras tecnologias difícieis de usar.

A segurança ainda é um fator preocupante neste tecnologia, especialmente para uso corporativo. Se formos olhar para o mercado incial onde está sendo vendido wi-fi veremos que os primeiros usuários são executivos em viagens, ou seja, justamente um usuário que precisa de segurança nas suas conexões. A faixa de frequência utilizada pelas redes wi-fi não são regulamentadas pelos orgãos competentes, nem lá nos EUA, nem aqui no Brasil. Isso significa que qualquer um pode entrar nessa faixa. Além disso existe o que se chama de "garbage bands", que são as interferências possiveis de acontecer, provenientes de um microondas, por exemplo.

A velocidade, que hipotéticamente pode chegar a 11 Mb, na prática depende da largura de banda na qual o hotspot está conectado. Se o hotspot está conectado numa conexão ADSL de 300k, todos os acessos daquele hotspot estarão limitados à mesma velocidade. É fácil perceber que esta velocidade irá variar muito de hotspot para hotspot. Nenhum problema se o objetivo é navegar em páginas web ou ler e-mails, mas quando falamos de transmissão de arquivos, voz e vídeo, é preciso reconsiderar a velocidade disponível.

Por outro lado existe um mercado em crescimento relacionado com produtos wi-fi enable voltados para consumo caseiro. São eletro eletrônicos que já trazem embutido conexões e chips wi-fi. Ainda é um produto destinado aos heavy-user de tecnologia.

Enfim, me arrisco a dizer que dependendo de como o mercado provedor de serviços wi-fi (provedores, fabricantes de devices e laptops, operadoras de telecom, fabricantes de antenas, etc) se movimentar e a que velocidade, existe uma possibilidade que o uso de wi-fi em grandes áreas metropolitanas seja substituido por outras tecnologias como WiMax, que irão pegar carona na necessidade despertada e levar adianteira nas questões que o Wi-Fi não conseguiu resolver.

Não será estranho nem a primeira vez que isso acontece, que uma tecnlogia como wi-fi, acabe tendo seu uso reorientado pelo mercado consumidor. O que foi pensando para ser usado em na rua e em aeroportos pode acabar sendo usado intensivamente in-doors, ou seja, dentro de casa. Fica aqui o registro . Ainda tem muita coisa para acontecer nos próximos 2-3 anos. A convergência de tecnologias redes wireless deve se intensificar e novas padrões poderão surgir. No próximo post sobre este special report pretendo comentar justamente sobre quais são as possibilidades de futuro.

quinta-feira, março 04, 2004

wi-fi roaming

Mobile-phone firms plan common Wi-Fi standard
Já que estamos falando de alianças estratégicas, eu não poderia deixar de comentar esta. No Canadá, 4 operadoreas de telecom ( celular) em criar juntas uma rede nacional de "hotspots" wireless. O objetivo é permitir ou criar o roaming entre diferentes provedores de acesso wi-fi.

Eu já comentei aqui no blog sobre isso, ou seja, a necessidade de alianças para a criação de redes wi-fi compartilhadas, com o mesmo processo de login, mais segurança para o usuário. As empresas se comprometeram a aumentar lançar 500 hotspots até o final do próximo ano.

Com este exemplo do Canadá me parece que isso será inevitável para o Brasil, ainda mais considerando nossas distáncias. Por enquanto o que estamos vendo no nosso país, ? o lançamento de hotspot por cada operadora, de forma independente. Isso só funciona se ficarmos com hotspot em aeroporto e hotel.

Se quiserem que o mercado se tome proporções maiores e tenha ganhos de escala, alguém vai ter que sentar na mesa e convidar outros a fazerem o mesmo para negociar estas alianças. Vamos ver quando isso ir? acontecer.