O Senhor "mercado" nao tem limites para ampliar seu tamanho. Em pequsa realizada os EUA constatou-se que 14% das crianças americanas entre 10-11 anos já possuem um celular. Acontece que esta porcentagem é a mesma que existia em 2002 entre as crianças de 12 a 14 anos. Hoje, um a cada três jovems entre 12-14 anos têm seu próprio celular. Nas faixas etatárias de 15 a 17 esse numero sobe para 1/3.
Conclusão: a faixa etária do uso de telefones celulares está caindo. Cada vez mais, crianças, com idades cada vez menores, estão se tornando consumidoras de celular. É olhando para estes números que as empresas americanas de telefonia estão fazendo suas projeções de crescimento de mercado.
Qual o problema disso?
O problema é que as crianças são mais vulneráveis aos apelos da propaganda do que os adultos. Quem tem criança sabe do que estou falando. Crianças, tão novas assim, estão no início do seu entendimento do que é dinheiro e como usá-lo da melhor maneira. Além disso, a pesquisa citada neste artigo, constatou que essas crianças, usam o celular, não para falar, mas para passar o tempo com as outras funcionalidades do aparelho. Ou seja, era melhor ficar só com o videogame de mão.
No final das contas, as empresas de telefonia, em nome do crescimento da sua fatia no mercado, já estão desenvolvendo modelos mais simples, com apelos visuais e funcionalidades voltados para o uso infantil. A pergunta é: será que as crianças realmente estão precisando de consumir esse produto? A partir de que idade já é necessário o uso do celular?
Ao tentar crescer, às custas da fragilidade pscológica das crianças e apoiado na carga de pressão, já alta, que os pais levam em querer agradar seus filhos, comprando coisas, como substitutos do tempo que não conseguem comprar para estarem com seus filhos, o mercado de telefonia está no limite da ética, se já nao o ultrapassou.
até,
romulo
domingo, março 20, 2005
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário